Resolução do 16º Congresso Estadual dos Jornalistas, realizado no início de agosto, resultará em denúncia à Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre as demissões, pelo Grupo Tribuna e TV Tem, dos dirigentes do Sindicato dos Jornalistas (SJSP) Sandro Thadeu e Sérgio Pais.
O Sindicato, junto à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e à Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), indicará à Central Única dos Trabalhadores (CUT) o encaminhamento da queixa ao organismo internacional.
A Constituição Federal assegura estabilidade de emprego a dirigentes sindicais. As empresas que desrespeitam essa garantia constitucional adotam postura antissindical e antidemocrática, pois atacam a livre organização de trabalhadoras e trabalhadores.
Calúnia contra dirigente
Não houve acordo durante a audiência de tentativa de conciliação, dia 7 de agosto, a respeito da demissão do jornalista Sérgio Pais pela TV Tem. A próxima audiência está marcada somente para 16/07/2024, mas o departamento jurídico do Sindicato já pediu ao juiz do Trabalho da 1ª Instância de Bauru que seja antecipada.
Sérgio, diretor da Comissão de Registro e Fiscalização do Exercício da Profissão (Corfep) do SJSP, foi dispensado de forma caluniosa pela TV Tem, onde atuou por dez anos. O profissional, que sofria perseguição na empresa por meio de atos de assédio, intimidações e calúnias, foi acusado por suposto furto de um chocolate! O caso chegou à mídia e expos o profissional, causando inúmeros problemas para ele e sua família.
11 de setembro
Está marcado para 11 de setembro a audiência para julgamento da ação contra a demissão do jornalista Sandro Thadeu pelo Grupo Tribuna.
No dia 8 houve audiência de instrução, no Fórum do Trabalho de Santos. Na calçada do prédio onde ocorria a sessão, cerca de 40 pessoas, representando organizações sindicais e populares, se concentraram em solidariedade a Sandro e contra as demissões de dirigentes sindicais do SJSP.
Sandro, diretor regional do SJSP em Santos, foi demitido em novembro de 2022 pelo Grupo Tribuna, empresa que foi alvo de acusações no Ministério Público do Trabalho (MPT) de descumprir direitos trabalhistas e praticar assédio moral. A dispensa ocorreu em meio à problemática campanha salarial de jornais e revistas do interior e litoral.