O Sinergia CUT participou, na manhã desta quinta-feira (15), da mesa de abertura de negociação da Campanha Salarial (CS) 2023 com a Neoenergia Elektro e demais empresas, na sede da holding em Campinas.
Logo no início da reunião, o novo Especialista Corporativo de Recursos Humanos (RH), Ronaldo Lima Vieira, oriundo da empresa Protege, foi apresentado às entidades sindicais.
Neoenergia descumpre acordo
Durante a abertura, o Sinergia Campinas resgatou o histórico da CS de 2019, onde foi fechado o acordo na mediação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas, em 19 de dezembro daquele ano. As assembleias deliberativas na base aconteceram no final de fevereiro de 2020 e a proposta foi aprovada, destacando que ficou acordado que o novo Plano de Saúde seria melhor ou igual ao praticado na Fundação Cesp.
Mas a Neoenergia não está praticando o que foi negociado e acordado, o que fez com que o Sindicato de Campinas entrasse com ação judicial para que seja aplicada na integra a cláusula 22 do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) vigente, bem como a carta compromisso registrada no TRT de Campinas.
Cobranças dos sindicatos
O Sinergia Campinas cobrou ainda melhores condições de trabalho para as mulheres eletricistas contratadas recentemente e destacou também que é preciso que a empresa providencie uniformes, sapatos, e luvas adequadas ao seu tamanho e porte físico.
Em sua intervenção, o Sinergia Sindergel abordou os problemas que estão ocorrendo em sua base referentes ao Plano de Saúde. Também acusou que, até o momento, não foi estabelecido um Plano de Carreira para os eletricistas de linha viva, conforme compromisso assumido pela empresa e que continua pendente.
Os demais Sindicatos presentes também levantaram vários problemas referentes ao Plano de Saúde da categoria.
Após ouvir as considerações da bancada de trabalhadores, a empresa informou que recebeu todas as pautas das entidades sindicais e que as mesmas estão sendo avaliadas.
Sem cenário financeiro pessimista
A Elektro destacou novamente que a previsão de inflação projetada pelos órgãos governamentais para este ano – e utilizadas pelas empresas na previsão orçamentária – está menor do que o resultado atingido nesses 12 meses. Para a Neoenergia isso dificulta o avanço na questão econômica dos salários e demais benefícios econômicos.
Em resposta, o Sinergia Campinas destacou que, na única audiência pública de revisão tarifária da empresa, “a previsão de reajuste para os consumidores mortais deverá ser maior que 10%. Além disso, os bons resultados da companhia com distribuição de dividendos, não apresentam um cenário pessimista no âmbito financeiro”.
Após as considerações das demais entidades, os negociadores da holding disseram que irão apresentar uma proposta na próxima reunião, marcada para o dia 22, às 14h, na sede da companhia. Continue ligado!
A luta agora é por aumento de salários e direitos!