A CUT São Paulo vem a público manifestar solidariedade à deputada federal Luiza Erundina (PSOL) que, após discursar ontem (5) na Comissão de Direitos Humanos e enfrentar hostilidades e desrespeitos de deputados da extrema direita, passou mal e foi internada na UTI. Segundo informações da assessoria, seu quadro de saúde teve melhoras e é considerado estável.
Na ocasião de ontem, Erundina defendia o PL 1156/2021, do qual é relatora. A proposta visa estabelecer a responsabilidade do Estado Brasileiro em identificar publicamente lugares de repressão política utilizados por agentes da ditadura civil-militar (1964 -1985).
A parlamentar tem 89 anos e um histórico de luta louvável. Teve o primeiro cargo público em 1958, quando foi Secretária de Educação de Campina Grande, na Paraíba, seu estado de origem.
Mudou-se para São Paulo em 1971, perseguida pela ditadura militar. No ano de 1980, participou da fundação do PT (Partido dos Trabalhadores) e em 1982 elegeu-se vereadora da cidade de São Paulo. Em 1988, foi a primeira mulher prefeita da cidade, também pelo PT. Assumiu o mandato na Câmara dos Deputados no ano de 1999 e desde então vem atuando de forma exemplar.
Por isso, reforçamos o apoio à Erundina e estimamos plena recuperação para a deputada. Não podemos tolerar que o espaço político seja cercado de desrespeito e violências, especialmente às mulheres.