CS 2023 na CPFL Paulista e Piratininga: embromation&enrolation

Em total desprezo à pauta de reivindicações dos trabalhadores, RH da empresa apresenta “proposta indecente” na segunda rodada de negociação. Proposta rejeitada pelo Sinergia CUT

Bira Dantas

Lílian Parise

Nada, nada, nada, nada! Esse é o resumo do que rolou na segunda rodada da CPFL Paulista e Piratininga, que aconteceu na última quarta-feira (14) entre o RH da empresa e dirigentes do Sinergia CUT.

A bancada de sindicalistas contou com a participação de dirigentes do Sinergia Campinas, Sinergia Araraquara, Sinergia São José do Rio Preto e Sinergia Bauru, com acompanhamento do CRE (Conselho de Representantes dos Empregados).

Nenhuma contraproposta econômica até agora. Nada de reajuste nos salários depois de um ano, nem nos vales refeição ou alimentação, muito menos nos demais benefícios econômicos.

“As empresas apresentaram para o Sindicato uma proposta com itens específicos de seus interesses, desprezando totalmente a pauta de reivindicações dos trabalhadores”, explica a bancada do Sinergia CUT. “Pior é o desprezo inclusive com a igualdade de direitos entre mulheres e homens”, alerta o Sindicato.

“Proposta indecente”
Da pauta das empresas, constam apenas os pontos que a bancada patronal quer negociar, sem nenhuma consideração com as reivindicações da pauta aprovada pela categoria em assembleias.

O discurso empresarial se estendeu por quase toda a reunião, inclusive com a intenção de que o atual ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) seja prorrogado até o dia 19 de julho próximo e só “em caso de necessidade posterior, será avaliada a possibilidade de prorrogação”.

Proposta rejeitada
A bancada dos trabalhadores insistiu que a prorrogação do ACT, chamada de ultratividade, seja garantida até o encerramento da negociação. Reforçou também a necessidade de priorizar vários pontos das reivindicações de trabalhadores e trabalhadoras, como Política de Emprego, condições de trabalho, Plano de Carreira, melhorias nos planos de assistência médico-hospitalar e odontológica, entre outras.

Ao final, os dirigentes do Sinergia CUT foram contrários à proposta das CPFLs e reafirmaram a necessidade de a negociação ser baseada na pauta da categoria. Repudiaram também o fato de as empresas não apresentarem nenhuma proposta financeira para salários e benefícios econômicos, nem sobre a PLR 2023.

Sem nenhum avanço, nova rodada ficou marcada para o próximo dia 28, às 9h. Fique ligado!

A luta agora é por aumento de salários e direitos!