Congressos

Delegadas e delegados aprovam, por unanimidade, mudanças estatutárias no Sinergia CUT e no Sinergia Campinas

Duas das alterações são a prorrogação por mais de um ano do mandato do Sinergia CUT e a introdução no Estatuto dos principais compromissos e objetivos de seu projeto sindical. As aprovações aconteceram neste sábado (11), último dia do 6º Congresso do Sinergia CUT e 15º do Sinergia Campinas

Pedro Amatuzzi

Nice Bulhões e Débora Piloni

Os 114 delegados(as) do Sinergia CUT e os 77 do Sinergia Campinas aprovaram, por unanimidade, as mudanças estatutárias em plenária neste sábado (11), último dia do 6º Congresso do Sinergia CUT e 15º do Sinergia Campinas, realizados no hotel Nacional Inn Campinas Trevo, em Campinas. No dia anterior (10), houve intenso debate com a formação de três grupos de trabalho q,ue avaliaram a proposta de um texto-base e puderam fazer alterações que passaram por votação.

Fotos: Pedro Amatuzzi

O dirigente Marcelo Fiorio, ao fundo, sistematizando as propostas dos grupos.

Grupo três reunido para o debate.

A principal mudança é a prorrogação por mais um ano do mandato atual do Sinergia CUT, igualando ao do Sinergia Campinas, que termina em 2024. A alteração foi feita para que se possa realizar eleições conjuntas das duas entidades e a incorporação de todas as alterações estatutárias decididas em congressos anteriores, bem como efetuar a afiliação a entidades superiores, visando seguir as orientações da CUT.

O responsável pela plenária foi o dirigente Marcelo Renato Fiorio, do Sinergia CUT e da Executiva Nacional da CUT. “Além da prorrogação da gestão atual do Sinergia CUT por mais um ano, foi aprovada a introdução no Estatuto dos principais compromissos e objetivos do projeto sindical da entidade”, explicou. Acrescentou que também foi feita alteração do endereço do Sindicato para a Rua Maria Domitila, 262, no Brás, em São Paulo.

“Também foi aprovada a alteração do nome de Diretoria Regional para Diretoria Colegiada do Sinergia CUT”, prosseguiu Fiorio. Quanto ao Sinergia Campinas, explicou que houve mudanças nos prazos de convocação e de realização de congressos ordinários e extraordinários. “Neste sábado, houve ainda o debate sobre as propostas de valorização da negociação coletiva e de fortalecimento sindical.”

Uma das votações durante a plenária. Foto: Pedro Amatuzzi

Outra resolução dos congressos foi a construção de textos específicos sobre previdência complementar, pessoas com deficiência (PCDs), saúde e segurança do trabalhador e sustentação financeira. Também ficou acordado que será feito o aprofundamento de discussão e formação de algumas temáticas, como a de LGBTQIA+. O Sinergia CUT também deverá trabalhar para criar condições para a criação das diretorias de Mulheres e de Saúde, Trabalho e Meio Ambiente, em prazo a ser estabelecido em reuniões com as instâncias.

Com a palavra, os presidentes

Carlos Alberto Alves (com microfone) e Claudinei Ceccato no encerramento dos congressos

 

O presidente do Sinergia CUT, Carlos Alberto Alves, disse que os dois congressos foram representativos e de grande amplitude. “Quero dizer uma coisa: o Sinergia CUT não existe para ocupar espaço dos Sindicatos que fazem parte desse projeto; não é esse o nosso objetivo. Precisamos trabalhar mais juntos e queremos é fortalecer as entidades sindicais do projeto Sinergia. Assim, o Sinergia CUT será também fortalecido”, disse, referindo-se às propostas de mudanças na legislação sindical.

“Com regras, procedimentos, critérios e democraticamente, queremos fazer a agenda dos trabalhadores que englobe a luta contra precarização, pela previdência, pela reestatização da Eletrobras, as campanhas salariais e muito mais! A luta continua!”

O presidente do Sinergia Campinas, Claudinei Donizeti Ceccato, falou sobre a importância dos eventos. “Estamos escrevendo uma nova página na história. Não podemos perder esta oportunidade. Teremos espaços de conselhos, conferências municipais, estaduais e nacionais! Assim, podemos buscar entrar nos debates dessas conferências para tratar das políticas de governo e assim transformar essas políticas de governo em políticas de estado. “

Ceccato lembrou das perdas dos direitos trabalhistas a partir da nefasta reforma trabalhista. “Também precisamos resolver o déficit do que perdemos na categoria, do que foi retirado no último período. Teremos que construir pautas transversais e diversas. Temos muito trabalho! Nesse Congresso, estamos fazendo uma revolução. Estamos fazendo história!”

Moções

Três moções de repúdio foram aprovadas no final dos congressos. A primeira foi contra veto total do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao projeto de lei que previa a distribuição gratuita de absorventes em escolas, no sistema prisional, e para pessoas em situação de rua e de extrema pobreza. A segunda foi contra a aprovação da criação da Frente Parlamentar contra o aborto pela maioria dos vereadores de Campinas. A última foi contra a Vivest, devido aos ataques aos planos previdenciários complementares do setor elétrico.