Manifestantes antidemocráticos de extrema direita, ligados ao presidente derrotado, Jair Bolsonaro (PL), agrediram agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) com tiros, barras de ferro e outros objetos pesados, nesta segunda-feira (7), nos estados como Santa Catarina e Pará.
Em Santa Catarina, em frente a uma loja da Havan, do também bolsonarista Luciano Hang, onde tem um ponto de apoio à ação dos golpistas, os manifestantes agrediram agentes com barras de ferro e arremessaram objetos como cadeiras e até uma churrasqueira quando eles liberaram a pista da BR-470, e tentaram identificar, por ordem do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), quem havia desobedecido a ordem judicial de não bloquear a rodovia.
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Os criminosos, como os manifestantes antidermocráticos foram chamados por Moraes, feriram pelo menos dois agentes que tiveram lesões leves na cabeça e nos braços. O capacete de um deles ficou amassado por um golpe de uma barra de ferro, segundo o jornal Folha de S Paulo. A reportagem relata que um homem de 37 anos foi preso. A rodovia voltou a ser bloqueada e a PRF solicitou apoio da Tropa de Choque da Polícia Militar no local.
No Pará, os extremistas, que estão há oito dias bloqueando trecho da BR-163, expulsaram a tiros agentes da PRF em Novo Progresso, no sudoeste do estado, também nesta segunda-feira (7). Uma criança sofreu intoxicação pelo uso de gás lacrimogêneo jogado pelos policiais no momento da fuga e precisou ser socorrida. Um agente da PRF ficou ferido. O atirador entre os bolsonaristas armados ainda não foi identificado.
Um vídeo do momento do confronto mostra que há pelo menos quatro viaturas da PRF sendo atacadas. Os bolsonaristas armados atiram também pedras contra os veículos da polícia, que percorrem a rodovia em alta velocidade.
No vídeo ouvem-se também muitos gritos e palavrões proferidos pelo grupo bolsonarista contra os agentes de segurança destacados para desbloquear o trecho. Em um momento, um bolsonarista atira uma cadeira de plástico contra a viatura, enquanto há disparos de armas de fogo.
O local de interdição é na mesma cidade que deu a Bolsonaro no segundo turno 83% dos votos válidos. É também onde os desmatadores derrubaram uma árvore em risco de extinção para bloquear a estrada. O jornalista, escritor e coordenador de Comunicação do Observatório do Clima Claudio Angelo já alertava para a peleja. Em artigo publicado em fevereiro, sobre guerra na Amazônia, se referia a Novo Progresso como cidade que “come, bebe e respira crime ambiental”. Leia a íntegra da matéria da RBA sobre o clima em Nova Progresso.